domingo, 19 de fevereiro de 2012

Espelho de nossas Almas


Um dia Deus nos escolheu 
para trilhar a mesma existência juntos
e sermos um só corpo e alma,
desde então, vivemos missões intercaladas
e aprendemos um com outro as lições
que nossas almas necessitam
para avançar no aprendizado maior do ser.
Já estivemos juntos muitas vezes,
já nos perdemos muitas vezes,
já nos encontramos tantas vezes,
já choramos muito,
sofremos demais para estarmos juntos
ou por não nos valorizarmos,
por cometer erros que mudam o curso do destino
e coloca entre almas um abismo imenso.
Vivemos juntos desafios estelares,
passamos por obstáculos imagináveis,
mas o amor que Deus semeou em nossos corações
e que se espelha em nossas almas sobreviveu a tudo.
Mais uma vez, Deus nos coloca frente a frente
e nossos olhos, o espelho de nossas almas,
refletem fragmentos dessa longa existência
e nos faz perceber
que alguma coisa além do que os olhos podem ver
está acontecendo diante de nós,
estamos nos encontrando depois de uma longa
e prolongada ausência,
há entre nós uma força maior,
que não nos permite fugir, 
e essa força, nada mais é, que o Destino.
Incerto e traiçoeiro,
ele nos permite escolhas,
mas não admite falhas,
somos humanos, apenas,
mas temos nas mãos 
o poder de decidir o rumo de nossas vidas.
E fazer as escolhas certas,
implica muito mais que verdade, maturidade,
simplicidade, lealdade e sinceridade,
implica um conhecimento maior que nem sempre temos,
uma sabedoria que trazemos conosco desde que nascemos,
a sabedoria infinita de nossas almas,
que traz registros dos nossos verdadeiros “eu(s)”,
registros que nos permitem entender,
perceber momentos e encontros
que pertencem a um plano maior do que o terreno,
mas também divino.
Deus permitiu estarmos juntos,
mesmo em meio a tantos contratempos e eventualidades,
estamos diante um do outro como estivemos antes,
cabe a cada um fazer suas escolhas
e avaliar a importância desse nosso reencontro,
pois pertencemos a uma missão divina
e ao destino que constrói sua própria história.
Ser feliz não é apenas estarmos juntos,
mas podermos ver, sentir, saber
que o outro está feliz,
mesmo que não esteja nos nossos braços.
Ser feliz implica em fazer as escolhas certas,
a aceitar a dor que necessitamos para evoluir,
em buscar sonhos utópicos
e a compreender a importância 
que um tem na vida do outro.
Precisamos entender 
que somos parte de uma criação divina
e somos complemento um do outro.
Metades que só, choram,
mas que juntas, cantam.
Somos almas gêmeas,
diante das escolhas do nosso destino.
Somos esperança divina,
saudade infinita,
amor eterno,
que Deus presenteou-nos
nesses perpasses de nossa existência.

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