sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

Asas


Diante do sonho,  a voz da intuição ordena
"Erga-se das cinzas,  abra suas abas...
Inspire a energia universal...
Permita-se renascer tal qual Fênix! "

A alma errante, ainda perdida,
Vê -se diante de um novo tempo:
Presente que a eleva entre planos,
Viagem para dentro de si mesmo.

Lá no jardim secreto do inconsciente,
Dormem os sentimentos e as emoções,
Desconhecemos a nós mesmos
Até despertarmos da letargia.

“Abra os olhos,  sinta suas asas
Você está (re) nascendo agora!”
É um ser que tem livro arbítrio...
Dentro de você descobertas descortinam sua existência.

Novas cores definem sua aquarela,
Desenham outro tempo...
Tempo de se conhecer,  se perceber,  se ver...
É hora de esquecer o passado e aprender a amar de novo!


quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

Dádiva

Olho longe o infinito a se desenhar em espiral...
Perco-me no que imagino e desejo ver,
Ouço as partituras do meu coração bater...
Descompasso fremente sem igual

A vida segue seu curso, busca-se a foz:
Não se podem deter instantes singulares
São sempre fugidios e fugazes..
Transbordam dentro e se derramam em nós!

Rasga-se o tempo de outrora em tom prosaico:
Fragmentos multicores reconfiguram o mosaico,
Outro recorte – pedra em forma de flor:
Será possível enfrentar seja lá o que for?

O precipício à frente se plasma:
Os passos turvos delineiam o caminhar...
Caminhante voluptuoso almeja a música fantasma
E a alma se converte num sonho a dançar...

Pés descalços pisam espinhos e sombras,
Olência perturba devaneios, altera a direção...
Deseja-se o céu, mesmo em pleno deserto.
Oásis? Toca-se a areia em frenesi: paixão!

De onde vem esse cheiro de flores?
Onde estará plantado o horizonte sonhado?
Acordes de violoncelo desdobram-se em dores
Despe a alma encantada à procura do amado

Ser amorfo olha-se no espelho quebrado:
Quem é este que me desnuda a alma perdida?
A face triste, alquebrada, contorcida...
Transmuta-se num sorriso – Dádiva – Presente esperado!