Nas entrelinhas do amor, deslizam-se palavras
Hora constituem versos, hora nossa história
Hora há prismas, noutra se embaralham rimas:
Metáforas desalinhadas desfilam pela memória
Desenham momentos vividos,
Repletos de silêncios e beijos
Esperam por outros sonhados
Repletos de volúpia e desejos
Entre a utopia e a bagagem
Vejo delinear-se travessia
Entre o medo e a coragem
Verbos sussurram poesia
Despejam-se sobre mim
Gotas de insônia, torrentes de flores
Pintam-se esperanças multicores
Gestos perdidos no espaço sem fim
Entreaberta a janela, respiro o sonho
Gosto de céu, cheiro de chuva, sabor de mel
Entrefechada a porta, vejo-te chegar e ir
Quase sempre sem demora o estar e o porvir
Ergo o olhar aos céus, felicidade em prece,
Já não mais peço, por tudo agradeço
Deixo o beijo no abraço que enternece
Nada sou... Aqui... há muito mais que mereço!
Muitas vezes as palavras nos revelam, noutras nos escondem... Há muitas que se perdem no silêncio de um olhar e outras que se pintam nas cores das aquarelas dos sonhos... Aqui debulho algumas que revelam e escondem poesia entrelinhas e versos!!!
quarta-feira, 30 de dezembro de 2015
domingo, 6 de dezembro de 2015
Mirante
Labirintos da alma
intercruzam nossas histórias...
Olhar que me rouba a calma...
Dejavu de memórias
Somos segredos aprisionados
pelo tempo e pelas escolhas
Camuflamos a realidade em nuanças
de sonhos dourados
Dedilhamos, perscrutamos,
vivemos...
O gosto de céu em insghts de
felicidade
Instantes breves, fugazes,
singulares
Tanto sentir... muito querer...
Perdidos na eloquência do
desejo
Já não me é suficiente a
ausência
A boca além do beijo há que
se ter
Medos se descortinam
Na inconstância me despejo
Nas brumas que se desmancham
Feito escombros de outrora
Vejo delinear-se o mosaico de
agora
Cicatrizes costurando o
passado no presente
Dentro-fora... aqui – além...
Quero tanto seguir em frente
Todavia ainda me embaraço
Esbarro no que há em minha
mente
Nada está quieto em mim
A quietude não me contenta
Tudo em ebulição: metamorfose
Frágil feito lagarta
Seria mais fácil no casulo me manter
Mas da mesmice estou farta
Gaiolas, grades, prisões já não podem me deter
Vislumbro a ponte do porvir
Quebro arestas, rompo grilhões...
Mergulho no abismo inefável do sentir
Asas aflantes de borboleta errante
Desdobram-me feito poeira de estrelas
Inconstante como o mar, a brisa ou o barco a velas
Quero antes meu porto, meu mirante:
Plenitude...
Amor... Amado... Amante!
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