terça-feira, 13 de março de 2018

Sentidos




Ah... A intensidade tem um preço alto demais
Muitas vezes nos transborda...
Entorna, contorna, transforma...
Há de se querer sempre mais...

Meandros ambíguos... Polissemia...
Caminhos de palavras (des)contextualizadas...
Metáforas que (trans)figuram a travessia...
Magia de figuras poéticas( inter)textualizadas...

Há uma dificuldade inerente em mensurar os sentidos:
Afinal nem sempre se sabe qual direção seguir...
Muito menos se há mesmo para onde ir...
Destituímos significados e nos percebemos perdidos...
  
Ressonância do que escamoteamos,
Ciência de nossa própria essência...
Verso e inverso que unificamos,
Dedilhando a ambivalência: (con)vivência...

Tateamos o que os olhos não podem alcançar...
Degustamos o agridoce das percepções adormecidas...
Vislumbramos a penumbra que encobre o mar...
Imensidão de vozes a sussurrar sensações vividas...

Ouvimos a voz do coração clamando para ser ouvida...
Serão apenas melindres que nos tocam as emoções?
Concepções infundadas, desconexas ou convicções?
Certamente há tempestades de razão mal resolvida

Atenção, sentido!
Falta-nos tanto para ser inteiro...
Aparte, há se sentir parte primeiro...
Fluído flexível em outra forma contido..

Rompem-se as algemas o (res)sentido...
Cicatrizes, marcas, estigmas (pres)sentidos...
Para em duelo vermo-nos lapidados e (des)temidos...
Há de se permitir ser asas, voar, para ter sentido!