Às
vezes somos arrastados pela tempestade
Devastados
pelo vazio inexorável
E
vamos nos deixando pelo caminho
Abandonando
o que de fato poderíamos ser
Meu
olhar me despeja inteira no firmamento
É
(im)possível tocar a mistura de cores do crepúsculo
Ah...
tão perto... tão longe...
Tão
intenso... tão torto...
Talvez
horizonte ao alcance dos olhos
Mas
infinitamente distante das mãos...
A
poesia em mim se desdobra
Sem
métrica ou rima
Encoberto
pela escuridão da noite
Adormece
o sol para dar lugar a lua
Que
desfila majestosa ao lado das estrelas
Eu,
poeta sem eira, nem beira,
Contemplo,
sonho, viajo: tão perto... tão longe
Lua
cheia: plena – vinho: plenilúnios
Outra
metáfora presente: fase novo – renova
Outra
teoria, forma, tema, história: novo tempo!