Tuas palavras
nascem repentinamente
e em tuas mãos
tornam-se mensageiras
de emoções tuas e
de outrem.
Em ti,
nasce a inspiração
que os anjos se encarregam
de despertar.
Tu tens
sensibilidade necessária
para tocar
profundamente no coração
daqueles que se
fazem insensíveis e frios...
Em tuas palavras,
há uma dimensão maior do que parece,
porque transmitem
um pouco de ti mesmo
e muitos dos sentimentos.
Aos teus olhos tudo
é mais belo e encantador,
pois em tuas mãos
está um dom de Deus...
O de ser
mensageiro de emoções humanas e celestiais.
Mensageiro
cavalgando nas asas de cavalos selvagens,
levando aos
corações humanos
toda a beleza que a
vida nos dá.
Tu, mensageiro
celeste,
célebre em tuas
palavras,
simples e ao mesmo
tempo tão enigmático...
Levas contigo a
Pena de Prata,
com a qual tu
desenhas palavras,
constróis sonhos e
desfazes ilusões.
Tu, obra-prima
divina,
levas no coração um
pouco da grandiosidade do sentimento,
que tu tentas perfeitamente demonstrar, despertar, sentir...
Tu, mensageiro
divino,
escondes-te por
trás das emoções alheias,
através de tuas
palavras...
Porém não consegues
livrar-te das garras da saudade,
das mãos das
emoções
e das algemas do
sentimento.
Tu, que apenas
levas até outrem as emoções, sensações...
Estás sempre
coberto pelas restingas destes mesmos,
remanesce a dor
dos outros, esquece-te tantas vezes de ti.
Tu carregas a maior
das alegrias e a menor das dores,
pois para ti uma
faísca abrasa teu coração,
porém uma gota
apaga tua esperança.
Tu, que vives
esquecido,
lembrando do
passado,
recorda
sensações e desperta em tantos emoções...
Tu, que andas pelo
mundo,
que não és
reconhecido,
que morres quase
sempre esquecido...
Tu, que choras as
dores da desilusão,
que sonhas e vives
de paixões,
levas até os outros
teus sentimentos...
Ah poeta, abra os
olhos e o coração...
Sentes, agora, no
peito, o teu valor
e o valor de todas
as tuas emoções.
Tu, que tantas
vezes passas por cima de ti,
deflorando tuas
próprias emoções
para aflorar
sentimentos em outrem.
Tu, que não és
nada,
mas se torna tudo
quando tens em mãos papel e caneta,
vês e almejas a
Pena de Prata, agora tão esquecida.
Tu, poeta,
palavras não te
descreveriam,
talvez pouco te
atingiriam...
Mas, com certeza,
não conseguiríamos falar sem elas...
São pequenas, belas,
grandes, mórbidas, transparentes...
Porém o único vínculo
que ainda temos contigo.
Tu, poeta,
levas da vida um
sopro de Deus, um murmúrio do vento,
mas levas contigo
tuas palavras: mensagem e emoção...
Tu, poeta,
sempre deixarás
conosco tuas palavras
e para sempre tuas
emoções.
Tu não és eterno,
todavia eternizadas tuas
palavras para sempre
estarão,
porque tua alma é leve e flutua sobre os sonhos.
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