sexta-feira, 16 de setembro de 2016

Anjo meu...



Meu olhar, um dia, cruzou o teu
E esse frenesi ainda me provoca arrepio
O que dizer do tempo que tivemos?
Do tempo que nos despejamos?
Do tempo que esperamos?

Que muito foi desejado
Que muito foi plantado
Muito foi dividido
Vivido
Muito mais sentido

Cumplicidade
Dualidade
Intensidade
Plenitude
Êxtase

Em teus braços fui tudo
Perdi tudo
Deixei tudo
Roubaste-me tudo
Deixaste o vazio

Esvaziei-me de palavras
Despejei-me na poesia... inteira
Esvai-me... inteira
Entreguei-me... inteira
Esqueci-me por inteiro

Deste-me o mel
Fizeste-me tocar as estrelas
Ah, anjo meu, foste o pecado e o perdão
Foste meu céu e meu inferno
Foste, um dia, sem se despedir

Rendo-te graças
Rogo aos anjos por ti
Que encontre a paz que nunca tive
Que vivas o amor que nunca pode ser meu
Que sejas inteiro em tudo que for teu!