Transfigura outra imagem...
O contorno de tua face,
O delinear de teu sorriso,
O reflexo triste do teu olhar
Invadem o centro do espelho
Que persiste e insiste a me olhar...
Não sou mais eu...
“Mas outro de mim sempre”...
E esse desfigurar desconjunta
O que eu acreditava ser...
Sou um grito sem nome,
Palavra sem por que...
Sou reflexo em busca de si mesmo...
A lua linda, cheia e plena...
No céu se faz única.
Em mim reflexo único...
Faz-se inteiro nas lembranças,
Na embriaguez dos corpos,
Que se embebedaram na paixão
Na lascívia, na volúpia...
Solidão que invade...
O corpo, a alma inteira...
Que invade com a despedida
A presença, a imagem,
O outro em nós...
Gosto amargo – fel...
Saudade do mel...
Sem ti...
A dor paira em mim...
Contigo plenitude invade-me...
Contraste que reflete amor...
Espinhos que me ferem...
Flor que perfuma minh’alma...
Saudade personificada em flor...
Buscando o outro...
Só há a lembrança...
Que esvazia o presente.
Nunca houve um nós...
A esperança como gota
Permanece translúcida...
Na lágrima a dor irrevogável...
Grita em nós descomunalmente
A transgressão do que é humano...
Desejo de estar perto...
Dentro, só resta o vazio...
Ausência do ser... Amor...
Cena inominal rompe a solidão...
A outra face não sorri, apenas me olha...
Olá Neide querida. Obrigada pela visita e pelo comentário em meu blog. Ah!! saudade...que você lindamente compara a uma flor, que embeleza a alma com as lembranças e nos fere com a ausência, nos causando dor. Paradoxal esse tal de "Amor"
ResponderExcluirAdorei o teu poema.
Beijo grande.
Obrigada! Você será sempre bem-vinda, vou colocar um link do seu blog no meu para que outras pessoas que acessem o meu possam visitar o seu. Abraços!
ResponderExcluirlindo lindo lindo! amei
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