terça-feira, 1 de novembro de 2011

Sonhador



Um dia, alguém sonhou...
Foi ousado...
E transformou seu sonho em palavras...
Elas se tornaram pássaros,
Alçando voos magistrais.
E o sonhador se perdeu de seus sonhos,
Eles se foram nas asas de um vento forte...
Em meio a tempestades...
Tufões...
Que pareciam vencê-lo.
Perdido, triste e só,
Era apenas um pássaro ferido
Na sua essência de sonhar.
Mas quem almeja algo maior
É um sonhador audaz.
Loucamente insano...
Profundamente pertinaz.
Seu sonho perpassou...
Barreiras, espaço e tempo,
Porque permitiu a muitos outros acreditar...
Seu sonho tem alma
Alma nobre, alma de poeta...
Caráter desmistificador.
Enigmático como as estrelas,
Pintou de cores mil...
Imagens que tomaram formas...
Ampliando-se junto a outros tantos anseios,
Fez-se, então, realidade:
Cores, músicas, muitas vozes...
Cenários de vidas e desejos...
Confluem-se diante dos olhos.
A metamorfose aconteceu...
Ainda mais linda que o próprio sonho...
Ainda mais audaz que o próprio desejo...
Ainda é sonho...
Mas repleto de histórias, e mistérios...
O sonhador, ainda ferido,
Consegue sorrir diante do passado.
Viu brilhar uma estrela esquecida 
No firmamento das ilusões.
Podia, em seu coração,
Ter sido chama e foi apenas uma centelha...
Podia ter sido mar,
Mas não saciou a sede do poeta que ousou sonhar.
E o sonhador?
 E o poeta?
Esse olhou para as muitas formas
Que viu seu sonho se transformar e sorriu...
Sorriu para si mesmo...
Pois ninguém conseguiria tirar dele...
O direito de sonhar!
Esse sonho?...
 Esse sonho de poeta?...
É apenas o meu sonho!...
Eis lho aqui.

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