terça-feira, 29 de novembro de 2011

Plenilúnio



Há uma doce ausência em meu silêncio...
Entrelaçada na saudade do que fomos.
Hoje, somos apenas lembrança...
Talvez pudéssemos ter sido mais...
Talvez nada mais seríamos...
Mas a dúvida torna ainda maior
O abismo de esperanças...
Que como ponte me leva para longe
E faz você surgir em meio as brumas do sonho...
No brilho da lua cheia,
Vejo, lampejando na luz do olhar,
A paixão que calamos...
Procuro palavras que não dissemos...
Sei que fui tola,
Receio que até piegas,
Entretanto não me arrependo...
Porque me permiti ser feliz
Nos seus braços...
No silêncio dilacerante do seu olhar...
Tão pouco vivemos...
Tão intensos foram esses fragmentos...
Não houve adeus...
No entanto, partimos rumo ao aprendizado...
Afastamo-nos fisicamente...
Silenciamos a voz...
Mas será possível calar uma alma?
Minh’ alma fala em silêncio...
Suspira segredos...
Revela o que o coração não diz...
Assim como a lua...
Chora de saudade,
Despejando lágrimas,
Despojando-se de medos...
Ainda há resquícios
Dentro de nós... Além de mim?
No alto jaz a lua coroada
Despejando sobre nós
Sua cortina prateada
Que ultrapassa barreiras,
Encobre anseios adormecidos,
Leva ao alcance dos olhos seus...
O plenilúnio da entrega...
Na certeza dos desejos meus...

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