domingo, 30 de outubro de 2011

Anjos



Anjos da meia-noite...
Escondem nos escombros das lembranças...
Vestem-se de muitas cores
Para desvendar tantas marcas.
Frente a frente como num espelho,
Olham-se, admiram-se...
Achando-se semelhantes.
Nem percebem que suas diferenças
Acentuam-se diante do outro...
Diante das revelações
Que os impedem de serem o que são.
Muito da magia se vai
Desprende-se num longo olhar...
Pouco nos resta para fugir...
Para chegar, para resistir...
E nos transformar em nós mesmos.
Somos anjos que voam nos pensamentos
Pairando no esquecimento
E encontrando n’alma
O que resta de nós mesmos.

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