Na vertente de
um olhar
Explode versos
nas canções
Que só os
olhos compreendem.
Solidão de
almas vãs
Prosseguem
rumo à eternidade...
Profetizando
nas pedras... a luz,
E nas bocas...
a sabedoria.
Que arrasta
multidões,
Onde
desvanecem ilusões.
Jaz ali, no
brilho das estrelas
O
desfragmentar de um sonho.
Jaz ali
naquela imensidão de azul divino,
O beijo das
ondas que se eleva aos céus.
Nasce na areia
a certeza de um sonho...
Na espuma do
mar que se choca nas pedras,
A verdade que
se desprende dos medos...
Assim como a
luz dourada do sol
Que toca as
ondas em suaves nuanças...
As ondas
tocam-lhe os pés,
A túnica
longa, alva e leve
Cobre-lhe o
corpo.
Os cabelos
encaracolados,
Desprendem-se
até os ombros
A barba
espessa parece mais clara
Por causa do
dourado do sol.
Seu olhar
parece emanar paz,
Refletindo as
maravilhas da Criação.
As ondas tocam-lhe os pés descalços,
As ondas tocam-lhe os pés descalços,
Sua imagem
permanece intacta n’alma,
Pois tranquiliza,
acalma e acalenta.
Caminha
cabisbaixo e pensativo.
Sorri para os
pássaros...
Fecha os olhos
ao contemplar o mar...
Confluem-se à
sua frente
O azul intenso
do céu
No profundo e
imenso azul do mar.
Pronuncia
palavras...
Parece mais
uma prece.
Os olhos voltados
para o alto... em súplica...
Sua voz se
eterniza.
Parece ecoar
palavras ao vento.
Sua grandeza é
infinita,
Imortal, real
e viva.
Seu olhar toca
a alma
De quem se
atreve a buscá-lo.
Longe se avista um barco,
Longe se avista um barco,
Ele continua
quieto observando.
Do céu desce
um feixe de luz,
Encobre-o e Ele
desaparece.
O barco se
aproxima cada vez mais...
Na areia Ele
deixou escrito... Brasil!
No alto, um
coro de anjos canta...
Para embalar e conduzir a
viagem de Jesus!
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