domingo, 23 de outubro de 2011

Anjo Torto


Anjo torto 
De uma asa só, 
Sutilmente encanta 
Na confluência canta. 

Amor profundo, 
Nas pedras, eterno. 
Nas bocas, profano. 
Perdido no mundo. 

Um raio de luz 
Na fresta da janela. 
Um sonho conduz 
À chama da vela.

Vela que ensandece 
O barco da vida. 
Luz refletida... 
Voz que se alteia. 

Corpos que profanam. 
Bocas que se calam. 
Suspiros que arfam. 
Sonhos se despedaçam. 

No silêncio, 
Um longo olhar... 
O vento sopra na praia... 
Às ondas do mar. 

Levando desilusões,  
Leva tudo e não consegue...  
Deter a saudade  
Do amor e das emoções.   

Grita, chora e clama...  
O anjo torto sem cessar...  
Buscando outra asa...  
Que o permita voar!

Um comentário:

  1. JERUSA NUNES SIQUEIRA24 de outubro de 2011 às 13:34

    Neide, parabéns pelo blog, é lindo demais, cada texto que me encantou. Abraços, Jerusa

    ResponderExcluir