Quanto vazio há nestas minhas
horas
A disparar a insipidez de agora,
A colorir aquarelas sonoras,
Lágrimas insistentes na
demora.
Natureza morta em memórias
tortas,
Reflexo em cacos, fumaça
d’outrora.
Tantas saudades há em mim,
remotas,
Procurando ali, uma nova
aurora.
Lagarta que busca respostas
foscas,
Brevemente borboleta inova...
Metamorfose de palavras
toscas.
Pássaro que dentro de mim
estorva,
Erga e se eleve das cinzas
mortas...
Para alçar vôo à vida
(re)nova.
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