sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Espera


Meu olhar busca o teu entre brumas frias
Dança na alma a esperança de um sonho
Diante da janela que me sorri
Busco a voz do teu coração
Que me chama
Que sussurra segredos
Que canta em uníssono
A canção que os rouxinóis fizeram para nós
Pisamos nuvens
Plantamos estrelas
Colhemos rosas
Esquecemo-nos dos espinhos
Enlaçados pela brisa
Alcançamos o outro
Deslizamos suavemente
Tateando o desejo
Que nos abraça
Que nos preenche
Que nos consome
É a sinergia que nos atrai
Concatenando-nos
Encadeando ações e reações
Físicas e/ou psíquicas
Somos apenas um fiasco de luz
Dançando na escuridão
Ao nos tocarmos nos tornamos
Chama incandescente
Ao nosso redor não há mais nuvens
Apenas pétalas de rosas vermelhas
Um doce perfume de pecado
Inebriando-nos, ensandecendo-nos
Vagamos por caminhos
Desenhados para nós
Sentimo-nos incendiar no corpo
A febre que faz a alma delirar
Permitimo-nos a entrega
E no espelho de nossos olhos
Vemos o fogo sagrado
Que uniu nossas almas
Quando habitavam outros corpos
Revemos o que fomos
Reafirmamos nossos votos
Confidenciamos ao amor
O amante que outrora fomos
São muitas faces
Várias histórias que se perscrutam
Apresentando-nos como protagonistas
À espera de mais um encontro!

Nenhum comentário:

Postar um comentário