sábado, 10 de dezembro de 2011

Delírio



Louco, desvairado, insano...
Prendendo num olhar
Os véus do ontem.
Abrindo asas douradas,
Tocando nuvens
No toque que dedilha a pele
E arrepia a alma.

Teu olhar invade a calma.
Rompe no sabor ardente dos lábios
As correntes que me impedem de voar.
A ânsia dos teus braços perturba-me,
Entre suspiros, delírios, fundem-nos.
Há um grito que apenas o mar ousa bradar.

Há segredos que preferimos não revelar.
Há medos que guardamos na memória.
Há sonhos que tentamos realizar.
Há em mim algo impossível de esquecer.
Há em ti um olhar único que me permite te ver.
Há em nós a fusão de emoções a desvendar.

Enfim, somos loucos...
Que apaixonadamente se enlouquecem...
Ouvindo o planger da serenata
Nas notas do desejo...
Delirando nos mistérios
Que nos transformam em magia.

Mágica de tocar o outro
E preencher o vazio de nós mesmos.
De revirar fetiches,
Que tantas vezes nos fazem esquecer
Das agruras, dos pesares,
Apenas para, num instante, tocar a felicidade!



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