domingo, 18 de novembro de 2012

Oscilação



As cinzas do passado
São levadas pelo vento...
Sinto a brisa da despedida
Ditar o ritmo do tempo...

Muito ficou perdido
Entre brumas e sonhos...
É preciso reconstruir
O que foi partido...

Desenha-se diante de mim
Mosaico colorido...
Nele plasmou-se o efêmero
Da alma eterna e sem fim...

Sinto-me parte do universo,
Vejo asas sendo restituídas...
Um olhar do outro lado do espelho
Destitui-me de todas as máscaras...

Há uma janela ensolarada aberta
Revelando sonhos esquecidos...
Deixei-os guardados, trancafiados...
Agora... Espero apenas a hora certa...

Desejo sentir-me viva aos poucos...
Parte de mim deixou-se adormecer...
É preciso revirar os cacos...
Reconstruir o que sobrou do meu ser...

Quero dançar sob a lua e as estrelas...
Permitir-me tocar e ser tocada por elas...
Desvencilhar-me da dor e soltar os cabelos...
Oscilando devaneios, revelando segredos!

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