domingo, 23 de fevereiro de 2014

Porvir


Fui o maltrapilho que teve a vontade roubada
Esta expressão suprema que nos faz únicos
Que viu seus sonhos se despedaçarem
Pela imposição da sombra e a força do medo

Sou borboleta metamorfoseada
Ainda sinto receios de alçar voos altos
Tenho medo de altura
Mas preciso desesperadamente  das nuvens

Fui escrava do destino
Que por puro comodismo
Preferiu ficar quieta a lutar por si mesma
Que se deixou levar ao invés de conduzir

Sou protagonista debulhando histórias
Palavras distraídas compondo versos
Lapidando –se, esculpindo-se
Duelo de emoções e memórias

Fui coadjuvante de minha própria vida
Cega, deixei-me seduzir pela ilusão
Que me levou ao abismo, ao abandono
Ao vazio de mim mesma, a uma profunda solidão

Sou o que fui... transmutado
Fui o que sou... revelado
Dúbios caminhos que se intercruzam
Passado e presente dedilhando o agora e o porvir!

Um comentário:

  1. Lindo e ao mesmo tempo triste pois expressou seus sentimentos através desta poesia.

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