sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Alquimia



A transmutação da alma
Faz borbulhar palavras tantas...
Constroem metáforas
Que nem sempre possuem rima,
Raramente têm métrica...

São figuras tortas
Como esse meu poeta...
Cheias de incertezas,
Repletas de silêncios...
Dizem pouco... camuflam muito...

Desmancham-se em reticências...
Que sobrevoam os mistérios do sentir.
Arqueiam-se com o vento
Em busca das mãos limpas
Que dedilham seus versos...

Pobre poeta de ilusões ignotas!
Está embriagado pela magia da poesia...
E não percebe que ela já o arrebatou,
Desfolhou o tempo...
E como vinho secou sua boca num beijo...

O olhar misterioso despe-nos...
As asas de anjo caído aparecem...
Uma em cada ser... juntas... juntos..
São um par...
Juntos, apenas juntos, podemos voar...

Palavras... versos...
Canções... corações...
Pedaços de sonhos esquecidos...
Segredos de seres empedernidos...
Versejando no toque da alquimia insana...

O poeta moldou a rosa de sentimentos
Que detém a luz capaz de acender a alma...
A poesia exala-se por todos os poros...
Translado de desejo...
Respirando sob e sobre nós...

É a alquimia do amor...
Despetalando na química de corpos entrelaçados
A física quântica da alma...
Despejando na biologia
As ciências exatas e inexatas do destino!

Um comentário:

  1. Olá, querida Neide
    Gostei do uso das reticências ainda mais em se tratando do tema Amor... tudo é muito relativo e sem fechamentos... Ficou com conteúdo e com um efeito que me agradou bastante...
    Tenho um convite pra vc no blog hoje...
    Bjs de paz e bem

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