O tempo soprou as lembranças
que a arca da memória guardou.
O vento soprou as dores
que o corpo ferido sentiu.
O sol presenteou espetáculos e
atrocidades.
A lua testemunhou cada instante
de sofrimento e de glória.
Mas esse povo suportou todas as
provações divinas
e hoje se ergue das cinzas
revelando tudo que o mundo de
alguns escondeu,
reascendendo o fogo da esperança
no coração de quem nunca conheceu
a luz.
Por tanto tempo atravessaram a
escuridão
que os aprisionaram,
mas agora têm a luz...
A luz que poucos percebem,
que poucos recebem...
A luz de ver cada ser humano
como realmente o é.
De ver além do tempo a essência
que cada um guarda dentro do
coração,
onde nem olhos nem mãos alcançam,
apenas a emoção verdadeira
é capaz de tocar atingindo
levemente a alma.
Já não se escravizam uma cor,
pois o ser humano é escravo de
suas próprias fraquezas
e cada um acaba por ser escravo
de si mesmo,
envolto em picuinhas ou
mesquinharias.
Olhando tão pouco para si mesmos
que não percebem que a liberdade
que tudo o que qualquer ser
humano
almeja está dentro de si mesmo,
envolvido na tênue luz da alma,
a mesma que apenas os puros de alma e coração possuem.
Tantos se foram por causa das
fraquezas de alguns,
Hoje, no entanto, são escravos
apenas da luz,
são exemplos de libertação
há outros que permanecem na
escuridão
de seus próprios medos
e nunca conheceram a luz,
pois têm medo da libertação da
alma.
No tempo ficaram as marcas
que o vento da esperança soprou,
mas a música que esse mesmo vento
assobia
revela a liberdade que os
escravos da luz possuem,
pois a pureza desses corações
libertaram as almas
que hoje todos gritam...
Liberdade!
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