A pedra lançada pelo coração
feriu a alma imortal.
O que foi quebrado não se
reconstitui, mas se transmuta...
Despedaça-nos e em cacos
faz-nos adentrar o portal...
Mostra possibilidades imperceptíveis:
conosco permuta!
Instantes mágicos: flores
atemporais plasmadas na memória...
Deixaram em nós perfume
único: fantasia ou mera alegoria?
Ah! Vai-se mais esta estação,
cor e ilusão despudorada?
Devasta nuvens de sonhos,
torna-os cinza, pó... nada!
Ficaram apenas espectros de
poeira de estrelas...
Arrastados por ventos abrasadores:
sabor de paixão
Matizes indolores sangram o
coração em aquarelas
Metamorfosearão a tempestade
instigada pela razão?
Esperanças de outono fenecem,
arrefecem verdades...
Será tempo de partir ou
apenas se parte o sentir?
Há dúvidas imperando sentidos
subliminares...
Mudam-se as estações e com
elas o porvir...
Sensitividade seletiva:
sensores do que não se quer...
Discernimento de escolhas
suscitadas
De consequências nem sempre
desejadas
Afinal nem sempre se opta por
tudo aquilo que vier...
Sombras alquebradas roubam os
sonhos de outrora...
O aroma doce azedou o rio sob
a ponte dos enigmas...
É tarde, cedo ou o agora dita
a hora?
Não se pode desvendar o
destino sem suscitar estigmas.
Fragmentos em mosaico: imagens
desencontradas,
Cristais multicores pintam aqui
dentro o que restou:
Passado, presente, futuro
camuflam marcas escondidas...
Antagonizam sentimentos e eu
não sei mais onde estou!?...
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