domingo, 26 de abril de 2015

Moinhos de vento


À espera de um novo amanhecer
Mais uma vez adormecem sonhos...
O vento frio da madrugada novamente me toca:
Ser que se ergue depois de tantos tombos...
Dom Quixote fantasmagórico que luta com moinhos de vento...
Lâmina afiada que destila versos sem rima
Poesia que se dedilha, que sufoca
Que aprisiona a dor para libertar a alma...
A vida sem desejos esvazia-se...
Somos energia direcionada pelo que nos falta...
Queremos o que não temos,
Almejamos o que não somos...
Desejo sem amor
É desamor que se perde no vazio...
Nesta catarse de sombras,
A pena viaja pela folha em branco
Palavra a palavra
Atravessa despenhadeiros
Alça voos altaneiros...
Busca-se um porto para ancorar desejos:
Esqueçamo-nos da solidão,
Transformemos medos em poeira
Para abraçar a praia deserta
E seus versos escritos na areia!




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