À espera de um novo amanhecer
Mais uma vez adormecem sonhos...
O vento frio da madrugada novamente
me toca:
Ser que se ergue depois de
tantos tombos...
Dom Quixote fantasmagórico que
luta com moinhos de vento...
Lâmina afiada que destila
versos sem rima
Poesia que se dedilha, que
sufoca
Que aprisiona a dor para
libertar a alma...
A vida sem desejos esvazia-se...
Somos energia direcionada
pelo que nos falta...
Queremos o que não temos,
Almejamos o que não somos...
Desejo sem amor
É desamor que se perde no
vazio...
Nesta catarse de sombras,
A pena viaja pela folha em
branco
Palavra a palavra
Atravessa despenhadeiros
Alça voos altaneiros...
Busca-se um porto para
ancorar desejos:
Esqueçamo-nos da solidão,
Transformemos medos em poeira
Para abraçar a praia deserta
E seus versos escritos na
areia!
Nenhum comentário:
Postar um comentário