Despejo ao vento
Fragmentados versos
Despojos de tempestades
Quimeras de um talvez
Sabor agridoce
Suscitado pela saudade
Por vezes esquecida
Noutras reacendida
Descuidos da memória
Sortilégios...
Subterfúgios...
Olvidando pedaços de
história
Auscultam a fugacidade
do tempo
Evasivas de uma trajetória
Dissuadindo palavras e
cores
Que nem, por um momento,
Conseguem compor formas
Esculpir risos,
Descrever perfumes ou
flores
Ah... a aquarela
desbotada de outrora
Em boa hora... olha de
soslaio o ontem
Espera que a porta seja
aberta
Mesmo receosa de não
estar pronta
Sabe... sente...
pressente...
Que cada segundo é
precioso
Para aqueles que anseiam
É preciso sorrir...
viver... sonhar...
Quem sabe se surpreender
Nas esquinas alquebradas
Repentinamente ir...
ver... vir...
Para os que puderem de
fato ouvir...
Ouçam... é o amor que
clama, chama
E desenlaça-se em nós...
enfim ama!
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