Ah...
hoje queria o som das palavras mais doces
Que
pudessem endossar e adoçar meus sonhos
Embalar
as ilusões perdidas
Na
dualidade da vida que se esvai
Ah...
queria o som da tua voz...
A me
conduzir para alhures
Tão
perto que eu pudesse sentir o calor
O
arrepio... e, quem sabe, as mãos geladas
Ah...
hoje eu queria poder acreditar
Ter de
novo esperanças
Mas
talvez eu seja como aquele anjo torto
Que só
sabe viver à sombra
Ah... quisera
ter de volta as asas do poeta
Alçar o
voo mágico rumo ao infinito
Tocar
as brumas do amanhecer
E quem
sabe, em algum lugar, nos teus braços, adormecer
Ah...
queria alcançar com este olhar perdido
Resquícios
de ontem
Enlaçados
no amanhã
Queria...
mas eu... ando tão distante de mim
Ah...
quisera poder me encontrar
Num olhar
que me fazia sentir tão viva, tão inteira
Mas
aqui estou presa à pressa
Tão
cheia de vazio e tão vazia de ti
Ah...
perdoe-me por não entender
E mesmo
assim tanto assim te querer
Meus
passos ainda são torpes
mas
ainda sonham e me levam longe...
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