segunda-feira, 18 de agosto de 2014

Ah...

Ah... hoje queria o som das palavras mais doces
Que pudessem endossar  e adoçar meus sonhos
Embalar as ilusões perdidas
Na dualidade da vida que se esvai

Ah... queria o som da tua voz...
A me conduzir para alhures
Tão perto que eu pudesse sentir o calor
O arrepio... e, quem sabe, as mãos geladas

Ah... hoje eu queria poder acreditar
Ter de novo esperanças
Mas talvez eu seja como aquele anjo torto
Que só sabe viver à sombra

Ah... quisera ter de volta as asas do poeta
Alçar o voo mágico rumo ao infinito
Tocar as brumas do amanhecer
E quem sabe, em algum lugar, nos teus braços, adormecer

Ah... queria alcançar com este olhar perdido
Resquícios de ontem
Enlaçados no amanhã
Queria... mas eu... ando tão distante de mim

Ah... quisera poder me encontrar
Num olhar que me fazia sentir tão viva, tão inteira
Mas aqui estou presa à pressa
Tão cheia de vazio e tão vazia de ti

Ah... perdoe-me por não entender
E mesmo assim tanto assim te querer
Meus passos ainda são torpes
mas ainda sonham e me levam longe...


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