quarta-feira, 2 de abril de 2014

Queria


Queria agora tocar a lua que mora em ti
Ouvir a voz que se propaga em meu silêncio

Queria a suavidade das mãos frias
Dedilhando a aurora dos meus sonhos

Queria sentir a chuva a me molhar a alma
Desaguando-me inteira nos teus braços

Queria a música que encanta a sombra
Para fazer dançar a luz

Queria o abraço insano
Desbravador de enigmas

Queria o gosto do beijo, o desejo
Que me degusta o sal e o mel

Queria perder-me em ti
E de repente te encontrar assim

Queria teus olhos em mim
Perscrutando... absolvendo... devorando...

Queria o amor que te quer enfim
Ah!... Queria... Como queria!

2 comentários:

  1. Cristina, adorei seu poema, Revela uma busca constante, ou quem sabe um sonho distante. Gosto dos poemas mais curtos como este seu. Eles são ao mesmo tempo pequenos e abrangentes em seus sentimentos. Parabéns. Belíssimo. Eu também Queria.....

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  2. Obrigada, tia! Sua opinião sempre foi e será cara, porque a senhora é destas pessoas que a vida sabiamente nos presenteia para exemplificar o amor supremo!

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