Muitas
vezes passamos pela vida
E, de
fato, não a saboreamos ou vivemos...
Acovardamo-nos
e nos acomodamos à mesmice...
Aceitamos
vários papeis que nos camuflam bem...
Escondemo-nos por trás de estereótipos...
Nossos
sonhos vão minguando:
Esquecemo-nos
de sorrir...
Desaprendemos
a amar...
Deixamos
a vida nos levar...
Preferimos
o papel passivo,
Tornamo-nos
coadjuvantes,
Assumimos
posturas irrefutáveis
E nos
perdemos no vazio de inúmeras noites insones.
Refugiamo-nos
e nos escamoteamos...
A vida
morna é mais fácil e cômoda.
A
montanha russa das emoções é olvidada
Pela falsa
imagem do bom senso.
Aparentemente
sensatos e prudentes
Seguimos
pela vida...
E ela
como furacão nos atropela...
No entanto,
nada nos atinge ou nos abala.
As
máscaras sociais imperam sobre os sentidos...
Esquecemos
que somos humanos...
Há
muitas encruzilhadas que nos colocam em Xeque-Mate,
Podemos
adormecer nossa essência,
Tentar negá-la
ou sufocá-la,
Porém haverá
um momento que, tolos, vazios e perdidos,
Vemo-nos
à beira do precipício...
O medo
do desconhecido nos apavora...
Sair da
passividade e da apatia nos atormenta...
Mas o
limite da insanidade é tênue...
E Zéfiro
nos empurra para a nossa viagem interior...
A escuridão
nos cega e tateamos a segurança
Que não
existe no teatro das emoções...
Somos
jogados ao palco e não há ensaios,
É uma peça que exige o improviso...
Onde duelam
paixões e enigmas.
Despidos
de tudo, inclusive,
Dessa roupagem
politicamente correta
Encurralados,
impossibilitados de fugir,
Vemos
emergir da insanidade a essência de nossas emoções
Percebemo-nos
frágeis,
Perdemos
nossa armadura imaginária,
Notamos
que não há certezas, apenas dúvidas:
São muitas
perguntas e tão poucas respostas...
Contudo
nosso papel é outro...
Somos impelidos
a ser protagonistas...
Afinal ninguém
viverá por nós e a brevidade da vida,
Arrasta-nos
ao abismo de nós mesmos...
Não é
confortável mudar...
Mas é
preciso se arriscar...
Não há
mais como se fazer de vítima...
Não se
pode mais permanecer na plateia
Ou se
esconder por trás das cortinas...
Diante deste
caos, somos incitados a nos transmutar...
Pela
realidade somos desafiados:
Conter o
medo, a mediocridade e a covardia...
Como
reis e rainhas de nós mesmos
Precisamos
aprender a governar mundos,
E, nestas
batalhas silenciosas, destruir muros...
Temos dificuldades
de manusear nossas armas,
É preciso
atacar, vencer obstáculos,
Olhar adiante
e sentir o que pulsa em nós...
Perceber
que não estamos sós...
Se permitirmos
florescer nossa essência...
Nela há
esperanças e caminhos...
De flores,
árduas pedras e duras penas...
Todavia
não se pode esmorecer...
Necessitamo-nos
de nos reconhecer...
No espelho
translúcido do outro...
E este
reflexo como esfinge
Lança-nos
novo enigma:
A vida
só vale a pena se se desmensurar em amor?
Só o
amor nos atira ao chão e nos eleva aos céus...
Só ele
pode nos trazer de volta do abismo existencial...
E nos
permitir, destituídos de máscaras, viver
Intensamente,
verdadeiramente, indelevelmente...
Nossas emoções,
fantasias e sentimentos...
Derrotando
nossos fantasmas e sombras...
Dominando
a ilusão de que somos marionetes...
Afinal
somos mais que atores, somos protagonistas...
E ninguém
viverá por nós...
Viva!
Dance! Cante! Chore! Grite! Sorria! Sinta!
E
principalmente AME!
Sem
amor não há sonho, sentido ou vida!
Sem
amor não há nada!
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