As palavras ecoam na memória
E abraçam instantes mágicos...
Tentando encontrar respostas para o que escrevi
no livro sagrado do tempo:
Quem sou eu?
O que estou fazendo aqui?
Aonde quero chegar?
Por que ainda não estou onde quero estar?
Questionamentos que só podem ser respondidos
Através do espelho que revela e nos desvela
Ao longo da caminhada da alma que somos...
Diante de um imenso portal,
Há, diante de mim, um reflexo
Mostrando uma mulher que nunca se viu...
Que se escondeu nos escombros das próprias emoções
Que quis tanta coisa que se desmanchou no ar...
Sua beleza atemporal desnuda a busca da perfeição...
Olhar para cima é perceber que nossas asas estão prontas
Ainda que o voo pareça impossível ou improvável...
Na solitude, encontra-se o recôndito perfeito
Para a alma imperfeita que perambula pelas sombras...
Meus pés descalços seguem a trilha do coração...
De mãos dadas com um sonho surreal,
Abraço o espectro fractal que me excogita:
Sou ínfima, grão de areia no mundo do ter...
Na sobreposição do tempo e do espaço,
Sou muito maior do que imaginava ser...
Continuo sem respostas...
No entanto, não estou mais só...
Esqueci as migalhas no passado...
Afinal, mereço mais, sou mais, quero mais...
Há mãos que seguram minhas mãos...
Braços que me enlaçam...
Atravesso o portal e a luz me cinge...
O elo sagrado reconecta-me à minha essência:
Além do bem e do mal...
Atemporal e multidimensional...
Sou apenas poeira de estrelas em travessia...
Desenhando uma nova trajetória...
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