Há momentos que nos sentimos tão esgotados
Tão perdidos, tão secos...
Nossos olhos não conseguem mais chorar
Nossa alma cansada da dor
Necessita sentir algo novo
Urgentemente precisamos reaprender a sorrir...
Os sonhos nos foram roubados
E com eles levaram nossas ilusões
Sugaram nossas esperanças
E a secura dos dias insípidos
Leva junto até o gosto de chuva
Que eu tão delicadamente
Detinha em minh'alma...
A minha poesia tenta me reerguer:
É difícil me encontrar sob os escombros
Meus versos antes embebidos em mel
Transbordam sal...
Meu coração cansado
Olha o relógio e descobre
Que é tarde demais para sonhar...
Tudo parece apenas poeira
Sinto o peso dos anos jogados fora
O sabor acre que engoliu a doçura...
Desejo o perfume de outrora
Que me inebriava
E me fazia dançar à luz da lua...
Estou cercada de areia
Finaliza-se o crepúsculo das despedidas
E mesmo estando à beira do precipício
Busco o mar
O mar dos teus olhos
Que me ensinaram
Que nunca é tarde
Nunca é tarde para (a)mar!
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