Mesmo
pairando sobre mim uma dúvida cruel
resolvi
ceder aos encantos das palavras
que quase
sempre me convencem
me
vencem... me exaurem...
Mesmo me
sentindo inadequada
fora do
contexto
resolvi
deixar de lado
qualquer
tipo de pretexto
Mesmo que
meus versos desconexos
muito de
mim revelem
ou por
inteiro me camuflem
sem medo
de parecer tola ou piegas entrego-os
Mesmo
desejando despejar-me inteira
me perco
dos meus sonhos
entre as
rimas de minhas quimeras
resquícios,
saudades, precipícios
Mesmo tendo
a esperança roubada
preciso
desatar nós
desaguar-me
em foz
rabiscar
um reflexo fosco de nós
Mesmo
tendo perdido a chave
que abre
o baú dos segredos
chamo por
Deus
pedindo
clemência pelos erros
Mesmo
debaixo das metáforas
encarcerada
nas entrelinhas
entreabro
a janela a sorrir
respiro
fundo e enfim posso te sentir
Mesmo que
não tenha resposta
precisava
te entregar meu devaneio
queria o
abraço do sonho
o
entrelaçar do vento que se perdeu no tempo
Mesmo sem
entender
consagro
o que sinto
ainda que
não seja nada
traz-me a
luz perdida, profanada
Ah...
aqui estão fiascos
quem sabe
um coração aos pedaços
vejo-me
cega à procura de um guia
nesta
poesia clamando pelo amor e sua magia...
Olá, querida
ResponderExcluirÉ bem assim a alma do poeta que se refaz pela palavra escrita depois de sentida...
Feliz 2014!!!
Bjm fraterno