Como canção
profana
Toca-me tua
voz...
Acendendo a
chama
Do desejo em
nós.
Vejo-te
perpassar por mim,
Olhares turvos,
Voz a silenciar
assim
Desejos e medos
mudos.
Teu olhar
infiltra
N’alma faz
dançar...
Imagem que perfuma
E me faz
sonhar...
Teu olhar despe
As palavras que
não houve.
Desejos nos
vestem
Dedilhando formas
absorvem..
Quero ir além...
Além do teu
olhar
Onde não haja
ninguém,
Para impedir a
fúria do mar.
Mar em
turbilhão...
Veste-nos com a
canção...
Canção da tua
voz,
Desfazendo todos
os nós...
Rompe-se nas
rochas,
As lavas de um
vulcão.
Resfriando-se
nas ondas,
Tempestades...
Tufão!
És tua voz...
E vive nas
palavras...
Que arde nos
sonhos
E na ânsia de
apreendê-las.
Ouço-te no meu
silêncio,
Porque tu em mim
persistes.
É preciso apagar
o incêndio
Que tua voz
desprende.
Tudo se resume
num olhar,
Num toque que se perdeu.
Em meio a voz que
acendeu e apagou
O fulgor insano
desse mar!
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