terça-feira, 11 de setembro de 2018

Oásis


Psiu!
Não acorde ainda, amor...
Adormeceram, por um instante, as agruras...
Escute a voz suave de Zéfiro
A sussurrar nos seus ouvidos o seu legado:
Siga em frente, não desanime...
Ainda que muitos o considerem tolo e bobo
Por acreditar no ser humano ou ter esperança...
Abra os olhos da alma
Que permaneceram, por tanto tempo, vendados...
Não se recuse a viver,
Porque cada instante é um presente
Concedido pelo criador a todas as criaturas...
Somos espelhos da criação... Filhos de Deus!
Divididos e duais: divinos e profanos...
Revelamos e reviramos o nosso âmago...
As palavras fazem sentido e nos fazem sentir
Ao tatear a essência esquecida, intacta...
Dedilhamos também os sonhos de outrora
Em busca de nossa singularidade e humanidade...
Afinal a vida é oásis no deserto...
Ora nos deixa sem ar, secos, empedernidos...
Sem rumo ou direção...
Noutras permite que como protagonistas
Debulhemos os matizes e os cacos de nossa história:
O passado ensina, amadurece-nos...
Somos maiores do que antes,
Melhores e mais inteiros do que ontem,
Somos filhos do mistério e do silêncio...
E o tempo desvela e revela quem somos:
Não podemos mais remar contra nós mesmos,
Sabotamos, tantas vezes, nossos sonhos...
Sem perceber que o inferno e o paraíso
Não está no outro, mas em nós mesmos...
Esqueça o ostracismo, vença o vitimismo...
Metamorfoseie os desafios...
Abra suas asas e se permita viver...
Não deixe a página em branco ou a vida se esvaziar...
Preencha com amor as bordas dos sonhos...
(A) colha o dia, presente de cada amanhecer!

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