Palavras
vazias, imprecisas, desprendem-me
Buscam
a luz, a cor, a forma, um resquício de sentimento...
Duelam
com o silêncio, espreitam insondáveis momentos,
Mas
quando almas se encontram, ainda que em sonhos,
Desfolham-se,
desfiguram-me, embaralham-se
Perturbam
com o calor fulminante de um olhar errante...
De mãos
dadas com o desassossego,
À
procura do ar das montanhas,
Atiro-me
nos braços gélidos da brisa do mar...
Naquela
embriaguez incessante,
Trago
ainda o gosto do mel, embora só haja sal
Desejo
o sol, enquanto perambulo pela orla estelar
A noite
fria, vazia de ti... anseia pela lua
Quis
demais a poesia da vida que fascina e ilumina...
Acreditei
possuí-la, mesmo que obscurecida...
Aquela
mesma que outrora deixou-me só
Encantada
pela vida que nunca seria minha...
Petrificada
na vontade, quiçá na saudade,
Plantei
versos na esperança desconexa da floração
Resquícios
de passado, tão fora de hora
Entrecortaram-se
nas areias do tempo
Estilhaçaram-se
para fazer dançar nuanças
Sombras
e perfis desdobrados em metáforas...
Agora,
abraço o que não me pertence:
Um
sonho que não pode ser meu...
Condeno-me
ao desencanto,
Porque
“amo o que não tem despedida”...
Permita
que nossas palavras comunguem
Aqui, neste amor perdido, tão sem medida!
Aqui, neste amor perdido, tão sem medida!
Nenhum comentário:
Postar um comentário