A vida
tem suas intempéries...
É crucial
o poder burilador
Dos contornos
sutis, sórdidos, taciturnos da dor...
Que nos
castiga, mas também nos instiga.
O sabor
acre das lembranças
Faz com
que o Agora seja mais terno e doce...
A mesma
espada que nos fere, nos liberta...
Rasga a
alma, cura o corpo: sangra e nos engrandece...
O
mergulho profundo nas sombras do “eu”
Fez-me
perder o senso de direção...
Mas me
ajudou a encontrar no âmago da alma
As cicatrizes
lancinantes do coração...
As
trevas, encobrem, contrastam-se com o sol...
Elas se
dissipam após a tempestade das emoções...
Vislumbram-se
insights de luz...
E a
alegria e a esperança se espelham como
farol...
Navegando
escondido na própria escuridão...
Nem se
percebe o amparo divino
Que vem
vestido de sonhos
Como um
anjo vem e nos dá a mão...
Suas asas
aflantes, flamejantes...
Abraçam,
acalentam e acalmam...
Tormentas
e agonias persistentes...
Num abraço
raro, inteiras, se despejam...
Sorvo novas
perspectivas, possibilidades...
Que matizam
o Presente...
Absorvo
pequenas felicidades...
Que delineiam
o que é urgente...
Almas que
se tocam, elevam-se e nos levam...
A personificar
divindades diáfanas
Nas formas
belas dos contornos humanos...
Traduz-se
em outros idiomas, seres, versos, poemas...
Metáforas
aladas, cantadas no sentir...
Decoradas,
sussurradas, dedilhadas no ter...
Derivadas
e revividas no porvir...
Que por
hora só existe no amor, no sabor agridoce no ser!
Caindo e levantando... indo e vindo nesta estrada que é a Vida... mergulhando para dentro de nós mesmos...Uma doce dança...
ResponderExcluirLindo poema Neide.
Um beijo