A vida
se transmuta em sonhos e sombras
Algumas
começam a se delinear
Outras
são aspirações improváveis
Impropérios
destemperados
Ao
nosso redor, derramados...
Duelam-se
sensações ignotas
Fantasmagóricas,
remotas...
Dentro
delas, ecoa uma voz
Um
chamado... um pedido...
Resquício
de sonho esquecido...
Tantas
vezes perdido, esmaecido...
Formas amadas... silenciadas...
Pela
secura das escolhas, pisoteadas
Segredadas,
encarceradas, afastadas
Sobreviveram
ao abandono atroz...
Aos
suspiros e gritos do algoz...
Fizeram-se
adormecer para, de repente,
Ressurgir,
brotar, florescer...
Precisa-se acreditar na esperança
Traçar
metas, instigar mudanças
Não há
certezas, apenas receios...
A
dúvida é o começo da sabedoria:
Não
estamos num conto de fadas
Não há
final feliz...
Afinal, quem disse que é este o final?