Precisando devorar o banquete de sensações
Há uma ânsia de viver
E cada palavra delineia o pulsar da vida
Transbordando o vinho que embriaga e encoraja
Vinho este que responde a todas as perguntas
Mesmo as que ainda não foram formuladas
Aspira-se por instantes mágicos
Que nos possibilitem transpor diversas linguagens
Que intercruzem necessidades, vontades, prioridades
E assim sorver, gota a gota, a liquidez das tempestades
Devorando os sentidos do sentir
Diante dos mistérios do porvir
Entregando-se à nossa imensa fragilidade
Permitindo-se exaurir nas chamas de nossa intensidade
(Trans)posição de
formas e palavras
Em cores, odores, toques e sabores
Degustar de sentidos singulares
Paladar seleto instigado pelas formas (semi)óticas
Que dedilham à flor da pele
Apuradas essências, líquidos, fluidos, excrescências
Transformando sombras em luz
Abraçando a humanidade que há em nós
E que outrora vivia na penúria
Mendigando compaixão e empatia
Transmutando o abstrato em concreto
Convertendo paixão em poesia
Transformando o cinza da mesmice
Em cores reluzentes
Metamorfoseando lagarta em crisálida
Crisálida em borboleta
Rastejar de desejos
Em voos de liberdade e sonhos
(Trans)posição de versos
(In)versos de mim
(Semi)ótica de imagens desconexas
Mosaico do sentir
Que me faz chorar e sorrir
Ferindo e machucando
O ego a se desconstruir
Debulho metáforas em ti
Para descortinar cicatrizes
Que se vertem em palavras
Perfilando reflexos no espelho do eu
Que vão além destes tempos sombrios
Transposição semiótica da nossa história atemporal
Que escrevemos juntos a cada dia sem igual
Quando abrimos os olhos
E deixamos nossos sonhos debaixo do travesseiro
E nos vestimos de sol para
A – COR- DAR...
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