Aos que tem coragem de amar...
Amar a si mesmo...
Amar ao outro...
Amar, ainda que se sinta perdido, despido do pudor de todos os tabus!
O amor é o mergulho na poesia esquecida que nasceu sem permissão...
E que nos mantém vivos a despeito do medo e da dor
A poesia é o que nos reveste de sonhos...
Quando tudo a nossa volta mergulha nas sombras...
O amor é este sopro de vida que nos faz sentir vivos.
Ainda que quase tudo pareça morto diante de nós...
A nossa capacidade de amar nos faz encontrar esta poesia:
Devolve-nos o que foi roubado pelas agruras da realidade...
Sou destes que amam, apesar de muitas vezes não se sentir amado...
Daqueles que tem a ousadia de se entregar nos braços do desconhecido...
De tocar o insondável, o incomensurável, o imponderável...
Afinal “amar é dar o que não se tem a quem não quer"...
É se perder nas lembranças da nossa caixa de Pandora:
A nossa arca da memória que tantas vezes nos leva a tocar o intangível...
Sou amante da poesia que descortina a cada dia
As cascas inúteis das horas findas no mergulhar atemporal da travessia...
Que reveste de cores a apatia...
Afinal, sou poeta, amante, errante, nômade perdido,
Destes que erram muito e tanto,
Que carregam, na pele e no espírito, as digitais desta minha alma cigana!
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