O poeta
tosco das ilusões
Bate à
porta do meu coração:
Quer saber
se há ainda espaço para o amor...
Olho ao
longe...
Busco por
braços que me envolvam...
Mas não
vejo ninguém...
A porta
está fechada...
Ouço lá
dentro uma voz que me chama...
Será que
há alguém ali que me ama?
Quero abrir
a porta...
Abraçar-me
àquela voz...
E dançar
a noite toda sob a lua cheia...
Mas não
há maçaneta...
A porta
está trancada...
Queria
o abraço da alma
Que à
minha se afina!
Fecho os
olhos e sou capaz de te ver...
Teus contornos
se delineiam à minha frente...
Mesmo
sem poder te tocar posso te sentir...
Assumo
o papel do poeta...
E com
as mãos cheias de versos,
Bato à
porta
À espera
do sonho...
Meu olhar
te procura...
Ouço um
suspiro...
Desejo te
dedilhar e ser tocada...
Afinal,
as almas se integram nos corpos.
Despejo
sobre ti meus anseios:
“Eu
quero ser feliz agora”!
Sei que
sou pura ousadia...
Estou
cansada da sensatez...
Quero me
perder e me encontrar
Na mágica
delirante do teu olhar...
Bato a tua
porta...
Meu coração
está ferido, cansado...
Mas aberto, repleto
pela soberania do Amor!