O silêncio é uma faca
Que corta as palavras...
Já não há música,
Som, ritmo, sentido...
Apenas o vazio...
Palavras sangram de
saudade...
Despejam-se no vácuo
Desmedidamente...
Desmesuradamente...
Desesperadamente...
O silêncio persiste na
distância...
No trajeto perdido dos
sonhos...
Dos anseios
metaforizados...
Sufocados na ausência...
Desfeitos pelo tempo que
se esvai...
Em mim, grita a
necessidade de palavras...
Antíteses sentimentais
delineiam desejos...
Em ti vive o silencio
sem fim...
Que persiste em te fazer
esquecer de mim...
Perfeito seria o
silenciar cadenciado dos tons...
Palavras mudas interagindo
na mistura de sons..
Invadindo-nos,
devastando-nos, devorando-nos...
Roubariam a paz do
silêncio, da ausência e do vazio
Para assim sobre ti despejar
possibilidades...
Quisera eu dedilhar
quimeras neste encontro?!...
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