Durante
muito tempo
Minha dor
escutou meu silêncio...
A alma
vagava dentro de mim
Em busca
de um quê,
De um
sentido ou propósito...
Havia um
estranho dentro de mim
Que me
roubava a luz
E me
atirava à escuridão...
Meus sonhos
segredavam
Veladamente
seus enigmas
E eu
vagava pela vida a esmo...
Até que
a sabedoria única da vida
Transfigurou
meu presente em cacos...
Encurralada
entre o passado imutável
E o
futuro insondável...
Vi-me
diante de um espelho quebrado...
Meu
olhar torto, desvirtuado...
Buscava
uma via para o que eu não via...
Já que
minha travessia se fazia tão vazia...
Dentro
do pensamento,
Abri a
janela do momento...
Dedilhei
todas as formas do sofrimento,
Ansiando
pelo sagrado mistério...
Em busca
desta suprema sensação,
Deparei-me
com a saudade...
Este
véu disforme
Que nos
esconde de nós mesmos
Para revelar
nossa sensibilidade...
Diante dos
paradoxos:
Amor–Dor...
Razão- paixão
Opostos?
Complementares?
Fragmentação?
Interação?
Verdades?
Insanidades?
Não há
magia se não aceitarmos
Que somos
indissociáveis do Todo...
E que
só o amor pode fazer
Com que
nos sintamos plenos
No corpo,
na alma, no olhar do outro!
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