É necessário mudar a frequência...
Acreditar que há tanta vida para ser vivida...
Em todas as pequenas coisas que nos cercam!
Para isso, é preciso apenas abrir a caixa das memórias...
E como Pandora deixar-se invadir pelas emoções mais
profundas e remotas:
Sentir o abraço da saudade e se permitir ser quem
verdadeiramente somos...
Apesar de nossas falhas, defeitos e deslizes...
Ser intensidade sem correr o risco de ser julgada...
Ser mais Capitu que Amélia...
Mais deusa do que santa...
Mais bruxa que fada...
Mais humana que anjo...
Mais a mulher que ama
Do que é, de fato, amada!
Ser história buscando esperança no futuro.
Ainda que a menina encantada na infância
Ou a adolescente sonhadora que acreditava em conto de fadas...
Já não mais possa ser despertada do sonho de outrora...
A mulher que se olha no espelho vê, nas suas cicatrizes,
As linhas do tempo entalhadas no seu corpo e na sua alma...
Coladas com pó de ouro, tão fino e suave, intercruzadas de
poesia...
Cantando, contando e dedilhando estórias e histórias...
Eis meu verso e reverso,
Direito e avesso,
Amago e doce,
Insipido e agridoce...
O ontem dançava com o amanhã e aparecia diante de mim...
Verdade, ali estava, na minha frente, eis o meu presente:
Intensas e imensas dualidades que adormecem a essência
E que despertam cobertas pela poeira das estrelas
Marcas indeléveis da saudade...
Que fantasmagoricamente dançam sob a lua cheia!
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