Um dia você acorda
E percebe que desperdiçou
muito tempo
Desejando demais o que não
podia ter
Um dia você acorda
E descobre que já chorou tudo
que tinha para chorar
Que não há mais lágrimas... é
preciso, portanto, Acordar
Um dia você acorda
E vê que se contentou tantas
vezes com migalhas
Enquanto havia outro céu
esperando por você
Um dia você acorda
Desejando, além da conta,
viver
E percebe que as areias já se
despejaram na ampulheta
Um dia você acorda
E se dá conta que cresceu e se
arrefeceram seus sonhos
Sente que a vida se esvai, feito
areia, por ente os dedos...
Um dia você acorda
Olha, ao seu redor, e
constata o caos
Ah... tão pouco foi
construído e tanto destruído
Um dia você acorda
Sentindo-se em cacos e
revira os escombros de si mesmo
Para descortinar sombras que nos
fazem adormecer
Um dia você acorda
E nota que já não há tempo
para brincar de conto de fadas
Desperdiçou-se tudo: sonho,
tempo, energia... agora só resta o vazio
Um dia você acorda
E buscando sair da letargia,
fugir deste abismo
Sente a vida toda pulsar no
âmago de si mesmo
Um dia você acorda
E vê quão cinza você pintou
seus dias
E que há, novamente, cores
despejadas, magias, alegrias...
Um dia você acorda
E percebe que nem sempre
temos o que queremos
Mas a vida nos dá tudo o que,
de fato, precisamos
Um dia você acorda
E vê que, embora não seja
mais criança,
Há uma vida desmedida pronta
para florescer... ainda há esperança...
Um dia você acorda
E resolve dar mais cor à sua
vida: despertar
E deixa a janela aberta para
a luz do sol em você adentrar
Um dia você acorda
E prefere deixar o passado no
passado: ausente
Já que o futuro não chegou
ainda... e só lhe resta o PRESENTE!
Um dia você... A – COR - DA
E percebe... e sente... e
vê...
Que tudo só depende de você...
A - COR - DE!
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