Sempre me senti fora do contexto...
Já que escrevia um texto
Que limitava a alma desbravadora...
E eu...
Continha sentimentos...
Detinha ações, pensamentos...
Escamoteava medos...
Existia...
De fato, não vivia...
Dentro de mim...
Ressalta agora o que é diferente,
Pulsa no âmago emoção latente...
Diante de mim...
Pessoas fazem a diferença...
Neste mundo tão desigual...
Não querem acomodação, passividade...
Querem abrir caminhos...
Conquistar a realidade...
E eu, Meu Deus,
Mesmo ainda perdida,
Também quero...
Quero viver...
Sentir, encontrar...
Seja aonde for essa tal felicidade!
Dentro de mim...
Há desafios a vencer...
Fragmentos e cacos a tecer...
Olhares perscrutadores...
Sonhos devastadores...
Que me instigam...
Devoram-me..
Por inteiro
Arrebatam-me...
Arrancada da letargia...
Sinto a vida cálida em mim...
Vejo-me ávida pelo anseio, pela magia...
Como vinho ora doce, ora acre...
Sorvo-a...
Degusto-a...
Embriago-me na sede dos desejos...
Esperando a febre dos beijos...
Abrasar o corpo e aquecer a alma...
Caos de sensações...
Transbordando assim...
Faz emergir palavras sem fim...
Ressoa-me a voz do poeta...
Despertam-me versos, rimas...
E canções (des)feitas...
Tão próximo do sim...
Morrem enigmas...
Cravam-se perguntas em estigmas...
Ser diferente? Fazer a diferença?
A poesia transmuta pedaços de sonhos:
São rosas, espinhos, ervas daninhas no jardim?!...
Nenhum comentário:
Postar um comentário