Muitas vezes abro os olhos...
Vejo estrelas além da escuridão
E me deparo com versos
Espreitando e apertando a minha mão.
Ah... são matizes de sonhos ceifados
Na gaveta da memória, esquecidos...
São pedaços de estrelas cadentes...
Esqueci-me de guardá-los, são ardentes...
Há versos que precisam emergir em nós...
Fragmentam vazios...
Desfiguram-se e desatam nós...
Afugentam medos, dão-nos novos caminhos...
Eu sou aprendiz de poeta...
Busco em mim uma janela aberta...
Dessas que dão para uma rua deserta
Que me permita viver a loucura incerta...
O poeta, nem sempre, em mim
Encontra abrigo e refúgio...
Às vezes mergulho na saudade sem fim...
Esgota-me o silêncio como prelúdio...
Amo a poesia e seu significado
Seus sons, tons, cores, formas e palavras...
Quando absorto, diante de um pálio prateado...
Sou o louco que conversa com as estrelas...
Eu e as palavras estreitamos laços:
Sentimos sabor... prazer em aliviar a dor...
Seguimos, do poeta, os mesmos passos...
Dedilhando versos intensos de amor!
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