Eu
não sou mais eu...
Sou
outro de mim
Num
espelho de sonhos...
Busco
a cor dos meus olhos,
Mas
vejo apenas os teus...
Emito
palavras,
Mas
é tua voz que ecoa em mim...
Procuro
os cacos que sobraram,
Mas
o mosaico desenhado revela
Perfumes
nos estilhaços de mim...
Entreabro
a janela,
Preciso
respirar-te...
Encontro
a saudade
Avassaladoramente
dourada
Desenhando
o sol de um novo dia...
Dedilhando
o presente,
Recobrindo
de cores a realidade vigente:
Estás
nas palavras que escrevi na areia
Onde
rabisquei segredos
Para
que as ondas os decifrassem...
Levassem-nos
de dentro de mim...
És
saudade... Passado... Presente...
És
o sopro de Zéfiro...
Conduzindo-me
na dança da vida...
És
anjo?
Não,
és real e vives em mim!
Inventei a ironia numa toada de vento
ResponderExcluirRoubei as asas a uma gaivota azul
Colei-lhes um poema cheio de penas
E enviei-o para uma tonta do sul
Inventei um mar numa bola de sabão
Roubei uma corda forte e boa
Atei um rol de mágoa à mesma
E afoguei-as nas águas de uma lagoa
Bom fim de semana
Doce beijo
Obrigada Profeta, lindo poema... Boa semana! Abraços!
ExcluirEu escrevi estas palavras para um vento suave que passou ...
ResponderExcluirZéfiro, um vento suave...
Vento que viaja no tempo
Ouço sua voz, assopra onde quer,
Mas desconheço seu caminho.
De onde vem, para onde vai?
Além do mar, planícies e montanhas
Ou longe das fronteiras humanas?
Sinto seu hálito em meu jardim
Tange os ramos, entoa uma melodia,
destila os aromas, suscita a poesia.
Uma brisa branda, muito suave
Leve como o sopro de inocência.
Faz-me conhecer seus segredos
Logo, bonançoso, dispersa o pólen.
Ora tão repentino e impetuoso
Sopra no deserto, carrega sua areia
Quando agitado engrandece as ondas,
faz o veleiro velejar, afasta os amores
desarraiga as pétalas, deixa a saudade.
Afasta a chuva, desordena as nuvens,
Inflama o fogo, esparge os pensamentos.
Arrebata-me e me faz retornar
como as ondas a brincar com a areia
Num vaivém a se espraiar...