Navego
num mar de palavras...
Mergulho
nelas...
Transbordam
minhas emoções
Que
gritam em silêncio...
Debulho-me
nas entrelinhas dos versos:
Estilhaços
de mim... Fragmentos oníricos...
Sem
métrica ou rima: (inter)textos...
Fruição
a descortinar medos:
Sensações
fluem
E
reconhecem pedaços de sonhos...
Dores
se diluem,
Esfaceladas
pelo desdobramento do tempo...
A
pedra bruta,
Em
estado de espera,
Vê-se
parte do todo...
Um
mosaico que constrói a estrada do poeta,
À
margem do rio delineia-se sua travessia:
Tece
a antiga trama do poema vivo
(inter)cruzando
prosa e poesia...
Entre
luz e sombra, reviram-se expectativas em escombros...
Metáforas
desenhadas dedilham histórias contidas,
Enclausuradas
nas palavras silenciadas e/ou proferidas...
Abraçam
a alma ferida, revertendo na voz o silêncio sentido...
(Des)vendam
o desmedido, desmensurado, perdido...
Ah...
Humano mosaico de emoções
Que
conecta suspiros, sorrisos e lágrimas...
Desmancham-se,
dobram-nos ou nos quebram
Para
nos elevar ao céu ou nos atirar à lama
Duelam
em nós e conosco...
No
âmago, grão de areia transformado em pérola...
Lagarta
transmutada em borboleta...
Amálgama
de formas e sentidos compondo a canção
Palavras...
Palavras... Palavras...
Sentidos
(in)versos
Avessos
ao tempo
Configuram-me:
alma em constante metamorfose!